Diversos setores da cultura se reuniram na última quarta-feira, dia 01, em caráter imediato para um ato simbólico contra o retrocesso na cultura estadual, esse ato emergencial surge em resposta ao fechamento de varias casas de cultura do Estado de São Paulo, além do corte de verbas no setor.
O ato teve manifestações culturais e uma série de falas, entre as principais reclamações está o corte que, atingindo o ProAC, reduziu o número de funcionários e a programação do Museu Afro-Brasileiro, do MIS e da Pinacoteca, o fechamento de diversas oficinas, entre outros.
Reunidos em frente a Secretaria do Estado de Cultura de São Paulo, tentaram diálogo com o secretário de cultura, mas esse propôs que fosse formada uma comissão de 4 pessoas para que o assunto fosse tratado em sua sala. Em votação o movimento decidiu que não acatariam a proposta e exigiram a presença do secretário na rua para uma declaração pública. A decisão foi tomada pois já há cooperativas e fóruns de cultura que representam a classe e esses setores não foram convocados anteriormente para uma conversa.
Cassiane Tomilheiro de Campinas, produtora cultural e membro da Cooperativa Paulista do Interior diz que o objetivo hoje era mais simbólico, “uma resposta imediata ao fechamento das casas de cultura e cortes de verba na cultura. O grande objetivo é dialogar com a ALESP, pois se sabe que o Secretário não é diretamente responsável pelo corte de verbas, mas como nessa semana os deputados não trabalham, o movimento optou por ir a Secretaria de Cultura do Estado, a ideia era criar um fato político, agora são esperados outros desdobramentos e o próximo ato será na ALESP”. Assim, o movimento seguiu em cortejo pacífico entoando marchinhas sobre o sucateamento da cultura até o portão de entrada, que permaneceu fechado.
O Secretário se negou a descer para falar com o movimento, mas a luta segue. Esse foi só o pontapé inicial.
por Flávia Machado.
Veja mais fotos em nosso Flickr.