“Ciclos de Vivências e Práticas da Pedagogia Griô”
O I Ciclos de Vivencias tem como proposta apresentar, vivenciar, experimentar a Pedagogia Griô como um projeto político e pedagógico inovador para a elaboração do conhecimento em diálogo com os saberes e fazeres de tradição oral. Por meio de um diálogo com com práticas de transmissão oral de mestres e griôs de tradição oral, objetiva dispor no meio acadêmico uma iniciação pedagógica interdisciplinar que coloca no centro do saber, e da vivência, a identidade e ancestralidade do povo brasileiro.
O Ciclos contará com participação de Lilian Pacheco, educadra biocentretica e codenadora do Ponto de Cultura Grao de Luz e Griô , Lençois , Bahia . Lilian é criadora da Pedagogia Griô que tem como referenciais teóricos e metodológicos a educação biocêntrica, de Ruth Cavalcante; a educação dialógica, de Paulo Freire e é inspirada na pedagogia de todas as expressões culturais de tradição oral, principalmente de raízes afro-indígenas.
A palavra griô: na tradição oral do noroeste da África, o griô é um caminhante, cantador, poeta, contador de histórias, genealogista, artista, comunicador tradicional ou mediador político de uma comunidade
No Brasil, a palavra griô refere-se ao cidadão que seja reconhecido, ou se reconheça, como um mestre das artes, da cura e dos ofícios tradicionais, líder religioso de tradição oral, brincante, cantador, tocador de instrumentos tradicionais, contador de histórias, poeta popular, que, através da oralidade e da sua vivência torna-se a memória viva do seu povo.
Entre os dialogos e processos orais trazidos estão “A formação da Pedagogia Griô” com a presença de Lilian Pacheco e Márcio Caires (Grãos de Luz e Griô de Lençois); “Quando a Universidade Reconhece a Comunidade” com a presença de Susana Oliveira Dias (Unicamp), Alessandra Ribeiro (Jongo Dito Ribeiro de Campinas) e Célio Turino (Historiador e Idealizador dos Pontos de Cultura); e a vivência “Partilhando Processos da Pedagogia Griô” com a presença dos Mestres: MestreMarquinhos (Capoeira e Tiririca) e Mestre Alcides (Capoeira Ceaca), Lilian Pacheco e Márcio Caires (Grãos de Luz e Griô de Lençois).
Entre as vivências e processos práticos pedagógicos estão: “Vivências da Pedagogia Griô” na escola municipal EMEF Maria Pavanatti Fávaro com contação de histórias, danças e cantigas; a“Trilha Griô nas Terras do Boi Falô” que faz um percurso cultural pelo imaginário do Boi Falô em Campinas por meio de visitas históricas em patrimônios da cidade; e a exposição fotográfica de Reinaldo Meneguin (IPHAN-SP) “Jongos do Sudeste” na Estação Cultura de Campinas.
Realizada pelo OLHO – Laboratório de Estudos Audiovisuais da Faculdade de Educação da Unicamp e Ponto de Cultura NINA – Núcleo Interdisciplinar de Narradores Orais e Agentes Culturais, o projeto “Ciclos de Vivências e Práticas da Pedagogia Griô” é uma ação em rede, com o objetivo de promover um intercâmbio dos saberes e fazeres da tradição oral e cultura tradicional, em dialogo direto com o ensino forma.
As inscrições das mesas de conversa podem ser feitas no site: http://www.fae.unicamp.br/informatica/dform-dev/gera.php?form=pedagogiagrio – 25 vagas.
As inscrições das vivências podem ser feitas no site: http://www.fae.unicamp.br/informatica/dform-dev/gera.php?form=trilhagrio – 40 vagas.
A tradição escrita é o conceito usado nas escolas brasileiras que tiveram como base a colonização europeia, mas que outros saberes nos atravessam? O evento coloca as vivências da Universidade, da escola pública e de uma gama de Pontos de Cultura do Brasil num mesmo espaço, para discutir a promoção de saberes que habitam outras margens e trazem outros repertórios da educação no cerne do desenvolvimento das tradições brasileiras.
Todo o evento é gratuito.
Mais informações nos fones:
Henrique Dutra: (19) 99192-0028
NINA Griô: (19) 3325-6651 ou 3388-2947